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Câmara aprova Novo Plano Nacional de Educação com investimentos de até 10% do PIB: Veja mudanças e principais pontos

Câmara aprova por unanimidade texto que define diretrizes educacionais para os próximos dez anos, marcando consenso entre diferentes partidos

Brasil aprova novo Plano Nacional de Educação com investimentos de até 10% do PIB

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10 de dezembro) o novo Plano Nacional de Educação (PNE) por unanimidade. O Projeto de Lei 2614/24 estabelece diretrizes, metas e estratégias para a política educacional brasileira nos próximos dez anos, consolidando um acordo entre diversos partidos políticos.

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O parecer final foi apresentado pelo relator, deputado Moses Rodrigues (União-CE), que trabalhou ajustes em 13 tópicos para garantir o consenso entre as legendas. A votação simbólica refletiu um raro momento de unidade no Congresso Nacional em torno de uma matéria tão importante.

“É uma grande conquista. Mostra que o Congresso Nacional, com muito diálogo, consegue sim manter o equilíbrio e a moderação para a aprovação de matérias super importantes como o Plano Nacional de Educação,” afirmou Rodrigues após a aprovação.

Próximos passos: do Senado à sanção presidencial

Como o projeto tramita em caráter conclusivo e não houve recurso para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, o texto segue diretamente para análise do Senado Federal. Para virar lei, a versão final precisará da aprovação de ambas as Casas legislativas.

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O relator solicitou ao presidente da Câmara, Hugo Motta, para que fossem realizadas sessões virtuais de votação ainda nesta semana, visando acelerar o envio do projeto ao Senado.

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Dez anos de diretrizes para a educação brasileira

Este é a terceira edição do Plano Nacional de Educação, que busca alinhar o planejamento educacional brasileiro a padrões internacionais de qualidade, equidade e eficiência. O novo PNE valerá para o decênio contado a partir da publicação da lei – inicialmente previsto para 2024 a 2034.

A proposta substitui a Lei 13.005/14, que definiu o PNE anterior (2014-2024) e teve sua vigência prorrogada até o final deste ano. O novo documento traz 19 objetivos estratégicos que abrangem desde a educação infantil até o ensino superior.

Investimentos recordes: 10% do PIB para educação

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Um dos pontos mais relevantes do novo PNE é o comprometimento com investimentos públicos em educação. O texto amplia os aportes para 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em sete anos, chegando a 10% ao final do decênio. Essa meta representa um aumento significativo nos recursos destinados à educação ¹.

O relator Moses Rodrigues destacou que o novo plano “concilia ousadia nas metas com viabilidade de execução”, demonstrando a preocupação de tornar os objetivos realistas e alcançáveis dentro do prazo estipulado.

Metas e estratégias do novo plano

O novo PNE contempla diversas ações concretas para melhorar o sistema educacional:

A erradicação do analfabetismo permanece como objetivo central, assim como a universalização do atendimento escolar em todas as etapas. O plano também prevê a valorização dos profissionais da educação, reconhecendo a importância dos professores para a qualidade do ensino.

Foram incluídas metas específicas para combate à violência no ambiente escolar e ao bullying, refletindo preocupações importantes da comunidade educacional. Na educação profissional, o texto estabelece que metade das novas matrículas no ensino profissionalizante deve ser integrada ao ensino médio.

O plano também reforça a gestão democrática das escolas, assegurando que a escolha de diretores por critérios técnicos e de mérito seja condição para o repasse de recursos federais.

Ajustes finais garantem consenso parlamentar

Para garantir a aprovação unânime, o relator realizou ajustes estratégicos no texto final:

A substituição de expressões específicas por termos mais abrangentes de respeito aos direitos humanos mantém o foco no combate a discriminações sem mencionar explicitamente questões que geravam polêmica. A coerência com a defesa da escola pública foi preservada, deixando de fora a regulamentação do homeschooling (educação domiciliar).

Os mecanismos de financiamento foram ajustados, com a definição de valores do Custo Aluno-Qualidade remetida para regulamentação posterior, respondendo a preocupações da equipe econômica.

Celebração entre parlamentares de diferentes ideologias

Após a aprovação, parlamentares de diversos espectros políticos celebraram o resultado:

“Ninguém saiu 100% satisfeito, todo mundo cedeu, mas agradeço bastante. Hoje votamos o principal instrumento da educação brasileira para os próximos dez anos”, disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

O deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) também comemorou: “Viva os 10% do PIB para a educação, mantidos no PNE. É claro que o desafio vem agora: colocar em prática cada um dos sonhos e desejos que expressamos nesta proposta”.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), presidente da comissão especial, recebeu elogios pela condução dos trabalhos que culminaram nesse acordo histórico.

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Redação

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