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Relembre a trajetória de Carlos Augusto Manço, que virou notícia nacional ao iniciar a graduação aos 90 anos em Ribeirão Preto, provando que o sonho do diploma não tem prazo de validade

Era o início de 2019 quando os corredores do Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto (SP), presenciaram uma cena que quebraria paradigmas na educação brasileira. Entre a agitação de calouros recém-saídos do ensino médio, um aluno se destacava não pela mochila ou pelo corte de cabelo da moda, mas pela história escrita em suas linhas de expressão. Carlos Augusto Manço, então com 90 anos, reaElizava sua matrícula no curso de Arquitetura e Urbanismo.

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Sua história, que ganhou as manchetes naquele ano, permanece como um dos exemplos mais poderosos de envelhecimento ativo e superação no Brasil. Ela nos lembra que, embora o tempo passe, a sede de conhecimento pode permanecer intacta.

Relembre a emocionante história de Carlos, que em 2019 entrou na faculdade de Arquitetura aos 90 anos e inspirou o Brasil

Para entender a decisão de Carlos em 2019, é preciso voltar muito mais no tempo. O desejo de ser arquiteto era antigo, mas, como acontece com muitos brasileiros de sua geração, as responsabilidades da vida adulta chegaram cedo. O trabalho, o casamento e a criação dos filhos exigiram que os planos acadêmicos fossem arquivados.

No entanto, ao chegar aos 90 anos — uma idade em que a sociedade espera que o indivíduo apenas “descanse” —, Carlos decidiu que era hora de abrir a gaveta dos sonhos. Ele não entrou na faculdade buscando uma nova carreira para sustento, mas sim pela pura realização pessoal e pelo prazer intelectual de projetar e criar.

O impacto na sala de aula: muito além da teoria

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Quando as aulas começaram naquele ano, o “choque” geracional foi inevitável, mas extremamente positivo. Carlos não foi apenas um aluno; ele se tornou um fenômeno pedagógico vivo. Professores e colegas de classe relataram, à época, como a presença dele alterou a dinâmica do curso.

A dedicação de Carlos em aprender a mexer nos softwares de desenho e sua paciência para entender as novas tecnologias serviram de combustível para os jovens. Se um senhor de 90 anos estava disposto a encarar noites de estudo e entregas de maquetes, qual desculpa um jovem de 20 anos poderia ter para desistir?

O legado de um calouro nonagenário

A atitude de Carlos em 2019 acendeu um alerta importante sobre o perfil do estudante brasileiro. Dados do Censo da Educação Superior mostram que o número de idosos nas universidades vem crescendo, mas atitudes como a de Carlos ainda são pontos fora da curva que merecem ser celebrados.

Ele provou que a neuroplasticidade e a capacidade cognitiva podem ser estimuladas em qualquer fase da vida. Mais do que isso, ele mostrou que a universidade é um espaço plural, que deve acolher a experiência tanto quanto acolhe a inovação.

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A jornada de Carlos Augusto Manço não foi apenas sobre aprender a desenhar plantas ou calcular estruturas. Foi uma lição de vida pública, registrada em 2019, mas que continua atual e necessária: a de que nunca é tarde para reescrever a própria história e ocupar os espaços que sempre sonhamos.

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Redação

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